Método de produção: São colhidas apenas azeitonas sãs e em pleno estado de maturação, sendo recomendável que o seu transporte até ao lagar, seja realizado num curto espaço de tempo, e em recipientes de tamanho médio, que permitam uma boa circulação do ar. No lagar, a azeitona deve ser limpa e lavada o mais depressa possível, não devendo o tempo de armazenamento após limpeza e lavagem antes da moenda, ser superior a 24 horas. As azeitonas são separadas segundo a sua proveniência, variedade e qualidade. A moenda deve decorrer num período de tempo até 48 h após a colheita. A temperatura da massa no batimento não deve exceder os 30 ⁰C, sendo que o tempo de batimento terá um mínimo de 23-30 minutos nos sistemas clássicos de prensas e um mínimo de 50 minutos, nos sistemas contínuos por centrifugação. A separação da fase líquida – fase sólida será feita por pressão ou por centrifugação. A separação das fases líquidas (água ruça-azeite) obtém-se por decantação ou centrifugação. O azeite é armazenado em depósitos a uma temperatura de 15-16 ⁰C.
Características particulares: Azeite de cor amarela-esverdeada, com cheiro e sabor a fruto que lhe é dado pelas variedades Galega e Verdeal e rico em ácidos gordos monoinsaturados que advêm principalmente da variedade Cordovil.
Área de produção: A área geográfica é constituída pelos seguintes concelhos e freguesias: Concelho de Moura; freguesias: Póvoa de São Miguel, Amareleja, S. João Baptista, S. Agostinho, S. Amador, Safara, S. Aleixo da Restauração e Sobral D’Adiça; Concelho: Serpa; freguesias: Pias, Vale de Vargo, Vila Verde de Ficalho, Brinches, S. Maria, Salvador e Vila Nova de S. Bento. Concelho: Mourão; freguesias: Granja.
Relação com a área geográfica: A área geográfica delimitada caracteriza-se por uma certa homogeneidade de solos, com declives suaves e moderados onde predominam as variedades Cordovil, Galega e Verdeal. Estas características e as condições agroclimáticas marcadamente mediterrânicas, com verões quentes e secos, dão origem a um azeite com características físico-químicas e, sobretudo, organoléticas marcadamente diferenciadas.
História: Moura, a oliveira e o azeite estão ligados desde tempos longínquos, pois já os romanos aqui vieram encontrar a cultura da oliveira e a produção do azeite. Ainda hoje se podem encontrar oliveiras milenárias na região. O provérbio “tão fino como o azeite de Moura” contínua vivo na linguagem atual.
Caderno de especificações (pdf)
Agrupamento de produtores
Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos CRL
Organismo de controlo e certificação
Kiwa Sativa – Unipessoal, Lda.
Plano de controlo
Plano de controlo (pdf)
Publicação no jornal oficial UE
REG (CE) n.º 1107.1996 L148 12.06.1996
Publicação em DR
Despacho n.º 8/94, de 26 de janeiro
Aviso n.º 4313/2005, de 21 de abril