Capucho

Descrição: Fruto da variedade Physalis peruviana L. (Cape Goosberry), rico em vitaminas A, B, C (60 mg/100 g ), com elevados teores de fósforo e ferro. É uma baga com um diâmetro de 1,5 a 3,5 cm, com várias sementes achatadas, assemelhando-se a um tomate em miniatura. O fruto está maduro quando o invólucro ou «capucho» está castanho e o fruto alaranjado. Tem um sabor peculiar que corresponde a uma mistura dos sabores de morango, kiwi e groselha, e o aspeto de pequeníssimo tomate quando livre do seu invólucro acastanhado.

Região: Região Autónoma dos Açores.

Outras denominações: Tomate Capucho ou «Rebuçado».

Particularidade: Baga que se apresenta com um aspeto semelhante ao de um pequeno tomate, inserido num invólucro acastanhado (capucho).

História: O Capucho é originário dos Andes, especificamente do Peru. Em Portugal é conhecido por Capucho ou Tomate Capucho e nos Açores é conhecido por «Rebuçado». Em 1867, Edmond Goose, jardineiro do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, durante uma viagem aos Açores descreve várias plantas, entre as quais o Capucho. É uma planta subexpontânea nos Açores, aparecendo nas vinhas e pomares.

Uso: O fruto é consumido fresco ou em compota, conhecida por doce de capucho, havendo até uma pequena produção de doce enlatado que começou a ser fabricado pela Sociedade Corretora Micaelense, fundada no princípio do século XX por Cristiano Pacheco.

Saber fazer: Existem plantações de Capucho ao ar livre. A planta é anual (se for podada, pode produzir durante 2 anos) e indeterminada (pode florescer em qualquer estação). Desde a sementeira até à primeira produção decorrem mais ou menos sete meses. A sementeira deve ser feita em março/abril, a plantação em maio/junho e a colheita no Verão/Outono.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001