Brisas do Liz

Descrição: Bolos redondos e baixos, muito gelatinosos e brilhantes.

Região: Centro.

Particularidade: Bolos cozidos em banho-maria e que apresentam uma consistência muito semelhante aos pudins.

História: O Liz é o rio que banha Leiria. Esta é uma cidade associada às trovas do rei Lavrador (D. Diniz). A origem das Brisas do Liz parece ter sido, no século XVII, o Convento de Santa Ana que pertencia à ordem das Dominicanas e que ficou a dever a sua fundação a D. Catarina de Castro, filha do 2° Duque de Bragança. Apenas existe a tradição oral de doceiras que receberam a informação de doceiras mais velhas. É um dos símbolos desta cidade, cuja receita é feita de segredo e de amêndoa. Parece que a receita das genuínas desapareceu e por isso há quem diga que as que se encontram não são iguais às velhas brisas do «Colonial».

Uso: Como guloseima, a qualquer hora do dia.

Saber fazer: Ao açúcar levado a ponto de pérola fraco, adicionam-se os ovos e as gemas misturados com a amêndoa sem pele, moída, e bate-se até se obter um preparado fofo e homogéneo. Enchem-se formas, previamente untadas com manteiga e passadas por açúcar, e colocam-se num tabuleiro com água, onde vão cozer a forno moderado. Desenformadas quando frias, comercializam-se em caixas de papel frisado, com a base para cima.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001