Chouriço de Carne da Serra de Monchique

Descrição: Chouriço de carne com 4 a 5 cm de diâmetro, comprimento variável, cilíndrico e atado nas duas pontas.

Região: Algarve.

Outras denominações: Linguiça da Serra de Monchique.

História: A engorda e matança do porco é, desde tempos imemoriais, praticada em todas as comunidades rurais de Monchique, constituindo uma tradição que justifica a atual importância sócio-económica da suinicultura no concelho. Estes chouriços remontam a tempos imemoriais e eram conservados em trigo, já que este proporcionava um meio fresco e arejado, ideal para a sua conservação.

Uso: Consome-se cru, cortado às rodelas, grelhado ou, ainda, na confeção de outros pratos.

Saber fazer: Faz-se com carne magra de porco, à qual se junta alguma carne entremeada e gorda, cortada miúda (em bocados de 2 a 3 cm). O tempero é feito com sal, alhos inteiros ou picados, aos quais foi previamente extraído o embrião, pimentão e calda de pimento vermelho, vinho branco e/ou vinagre. A maturação do picado faz-se durante 3 a 7 dias, tendo o cuidado de todos os dias o mexer com uma colher de pau ou amassar, ao mesmo tempo que se retificam os temperos. Enchem-se tripas frescas de porco (previamente lavadas e temperadas com sal e rodelas de laranja ou limão). Secam durante 15 a 20 dias em fumeiro tradicional ou na chaminé da cozinha. Posteriormente, são mergulhadas em óleo ou azeite. Como curiosidade, cita-se que os porcos são abatidos com 10 a 12 arrobas de peso vivo e na fase lunar de quarto crescente.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001