Presunto de Lamego

Descrição: Perna de porco, salgada e curada ao fumeiro.

Região: Norte.

Particularidade: Presunto magro, inteiro, com a unha e o pezunho.

História: Desde há muito que a carne de porco é utilizada. Segundo M. Gonçalves da Costa «já nos tempos iniciais do reino de Portugal o porco era utilizado como contribuição ficando célebre o grande "porco do fisco" entregue anualmente sob o título "de serviço" pelos 13 casais de Portelo de Cambres». Leite de Vasconcelos, fazendo referência a Duarte Nunes, faz notar que no final do século XVI eram já célebres, como hoje, os presuntos de Lamego, que um moderno poeta não desdenhou cantar. Refere-se a João Penha e à obra Renascença, editada no Porto em 1878.

Uso: É muito apreciado como entrada, quer só quer com melão. É também apreciado como petisco, acompanhado de um bom pão e um bom vinho.

Saber fazer: As pernas com unha e pezunho - sem os ossos coaxais, que são cortados ao meio - são escorridas e metidas em salgadeiras, onde ficam 20 dias. São então levadas ao fumeiro frio durante 2 a 3 semanas, após ser-lhes retirado o sal. Os presuntos são barrados com colorau para a sua preservação.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001