Dom Rodrigo

Descrição: Os bolos são preparados com ovos, açúcar, água, amêndoa e canela. Têm um tom amarelo-acastanhado e a forma de um novelo com cerca de 4 cm de diâmetro.

Região: Algarve.

Outras denominações: Bolo de D. Rodrigo.

Particularidade: O bolo apresenta-se embrulhado em papel metalizado de várias cores, acabando num bico. Interiormente parece um novelinho dourado.

História: Originários da doçaria conventual, são citados por Thomaz Cabreira. Os doces do Algarve podem ser classificados em diversos tipos. Um deles é o dos doces de ovos, de que é paradigma o Dom Rodrigo, pelo seu aspeto e sabor.

Uso: Têm largo consumo, em qualquer ocasião, mas são indispensáveis em todas as alturas festivas.

Saber fazer: Com parte das gemas e a calda feita com o açúcar e água preparam-se fios de ovos, guardando-se a calda. À calda adicionam-se a amêndoa e os ovos e vai ao lume a cozer. Deixa-se arrefecer e fazem-se montinhos com os fios, abrindo urna cova em cada mantinha, a qual se enche com uma colherada de doce de ovos e amêndoa, enrolando-se de forma a que os fios envolvam o doce. Levam-se os montinhos ao lume, a alourar numa frigideira com calda de açúcar, virando-os, mas sem deixar alourar a calda. Salpicam-se com um pouco de canela e embrulham-se no papel prateado (um quadrado de papel), torcendo-se as pontas de modo a fazer um bico. Antigamente usava-se papel de seda e as pontas eram atadas com fitinhas de cor. Por vezes, ainda hoje se encontra este modo de embalar.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001