Pudim do Abade de Priscos

Descrição: O pudim é confecionado com ovos, açúcar, toucinho, vinho do Porto, casca de limão e pau da canela. É cozido em banho-maria (banho de água) em forma canelada barrada com caramelo.

Região: Norte.

Outras denominações: Pudim de Toucinho.

Particularidade: Pudim cor de caramelo, de forma redonda, com um buraco ao centro. Na sua composição entra toucinho.

História: O Abade de Priscos, de seu nome Manuel Joaquim Machado Rebelo, pároco da freguesia de Priscos, concelho de Braga, onde esteve colocado 47 anos, para além de outras virtudes foi, sem dúvida, um dos maiores cozinheiros portugueses do século XIX e dessa justa e merecida fama gozou não só na região como em todo o País. Durante a sua longa existência preparou grandes e sumptuosos banquetes para homenagear reis, príncipes, prelados, ministros, núncios apostólicos e figuras iminentes da aristocracia, da política, das artes e das letras.

Uso: É considerado uma iguaria fina e poucos restaurantes o incluem na sua ementa. Atualmente, é confecionado apenas nalgumas casas onde é respeitada a receita original, sendo muito apreciado como sobremesa.

Saber fazer: Retira-se parte do açúcar, que se carameliza, e com o qual se barra a forma. Faz-se uma calda com o açúcar, o toucinho em fatias finas (segundo a receita original do Abade cortava-se um naco da porção mais «gorda» do bom presunto de Lamego), o limão e a canela. Quando atinge ponto de fio retira-se do lume, coa-se e juntam-se as gemas e o vinho do Porto. Deita-se na forma barrada e vai a cozer em banho de água.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001