Pão-de-Ló de Margaride

Descrição: O Pão de ló de Margaride/pão leve de Margaride/rosca de Margaride é um bolo de pastelaria tradicional, moderadamente doce, de médio a grande formato, cozido no forno, tendo como base ingredientes tradicionalmente utilizados na pastelaria portuguesa, de origem conventual ou não. Tem forma redonda com um orifício ao centro e uma cor interior amarelo ouro, vibrante, que pode variar de acordo com a tonalidade das gemas usadas. A superfície exterior superior apresenta abaulamento característico, uma tonalidade acastanhada, mais ou menos escura consoante o tempo de permanência no forno. As superfícies laterais, o fundo e as paredes respeitantes ao orifício central são desprovidas de côdea, apresentando-se com cor amarelada mais escura do que o interior.

Características Particulares: Bolo muito leve, redondo, com um buraco ao centro, envolvido no papel em que foi cozido e tradicionalmente partido e comido à mão.
 
Área de produção: A área geográfica de produção/fabricação e de acondicionamento do Pão de ló de Margaride / Pão leve de Margaride / Rosca de Margaride corresponde exatamente à área do concelho de Felgueiras, do qual Margaride é uma das freguesias.
 
História: Uma mulher de nome Clara Maria, falecida a 27 de novembro de 1831, começou a fabricar o pão-de-ló numa casa de telha e colmo na freguesia de Margaride. Após a sua morte, o marido, o Sr. António Félix, continuou a fabricar o bolo, tendo em sua companhia Leonor Rosa que, após um segundo casamento, em 1875 comprou a casa onde atualmente está instalada a fábrica de Pão-de-Ló de Margaride — Leonor Rosa da Silva, Sucessor. Por carta particular, timbrada com as armas de Suas Altezas Reais os duques de Bragança, datada do Paço de Belém, em 5 de dezembro de 1888, e assinada pelo conde de S. Mamede, foi informada Leonor Rosa da Silva que lhe foram concedidas as honras de fornecedora da Real e Ducal Casa de Bragança, podendo usar as armas ducais, conforme o modelo que está na casa. As armas têm a encimá-las uma coroa ducal e, por timbre, um dragão. O rei D. Carlos concede-lhe alvará a 22 de abril de 1893, autorizando o uso das armas reais portuguesas no frontispício do seu estabelecimento.
 
Uso: É um bolo tradicional da Páscoa, figurando sempre com lugar de destaque na mesa para a visita pascal. Também faz parte da doçaria do Natal, sendo igualmente consumido ao longo do ano, acompanhado de vinho do Porto.
 
Saber fazer: Batem-se os ingredientes (farinha, ovos, açúcar) em batedores de madeira. Vai ao forno de abóbada de barro em formas também de barro, revestidas interiormente com papel.
 

Organismo de controlo e certificação
AGRICERT, Certificação de Produtos Alimentares, Lda

Plano de Controlo

Publicação no jornal oficial da UE