Azevia

Descrição: Pastel frito, com cerca de 8cm de comprimento e forma de meia-lua, coberto com açúcar e canela. A massa é feita com farinha, ovos, banha, azeite, água e sal. Pode levar sumo de laranja. Recheia-se com doce.

Região: Alentejo

Outras denominações: Farto

Variantes: Azevia de Grão. Azevia de Batata-Doce. Azevia de Gila. Azevia de Feijão.

Particularidade: Pastel frito, constituído por uma camada exterior de massa tenra em forma de meia-lua, chata e alongada, recheado com doce geralmente de grão, de batata-doce ou de gila. Estes doces também podem levar amêndoa.

História: A azevia é um peixe parecido com o linguado. Entre este doce frito e o referido peixe existe apenas a coincidência do formato — chato e alongado. Trata-se de um pastel em que a base de massa tenra é igual para todos os recheios. Sendo um dos «fritos» muito típicos do Carnaval, era usual rechear-se com bocados de algodão para oferecer às pessoas com quem se queria brincar. Fazendo estas histórias parte da tradição oral desta região, nem por isso deixam de estar referenciadas no tempo. Assim, este doce é referido tanto nos Cadernos de Refeitório como no Livro de Receitas do Convento de Santa Clara e a sua expansão à doçaria regional deve-se à extinção das ordens religiosas com a correspondente laicização das receitas.

Uso: Como guloseima, a qualquer hora do dia, e em especial no Natal e no Carnaval.

Saber Fazer: Deita-se a farinha num recipiente e escalda-se com as gorduras quentes. junta-se água ou sumo de laranja, amassa-se e deixa-se repousar para que a massa fique elástica. Estende-se, colocam-se montinhos de doce, dobra-se a massa, unem-se as bordas, recorta-se e fritam-se. Escorrem-se e passam-se por açúcar e canela.

Fonte: Produtos tradicionais portugueses, Lisboa, DGDR, 2001