Pão de Ul - Pada de Ul
Descrição: O pão de Ul/pada de Ul é um pão de trigo tradicional, com a forma de “pada”, obtido manualmente por união de dois pequenos pedaços de massa arredondados; quando se juntam duas padas, em forma de quadrado grosseiro, diz-se que se formou uma “carreira”. O pão de Ul/pada de Ul é um pão bem cozido, de cor homogénea, com aspeto enfarinhado, sem brilho, com pouco sal e ausência de cores, aromas e sabores desagradáveis. Apresenta uma côdea ligeiramente dura e pouco crocante, firme, com cor branco-torrado e um miolo branco, macio e pouco elástico com alvéolos de tamanho médio, distribuídos de forma homogénea. O lar é pouco marcado e pouco espesso, se o pão está menos cozido, mais espesso se o pão está mais cozido. Tem um odor agradável, a pão e sabor agradável, pouco salgado e pouco amargo. O pão de UL mantém estas características sensoriais durante 8 a 12 horas após a cozedura, podendo, no entanto, ser consumido para além desse prazo. Pode também ser produzido em formato menor, designado por “padinhas”.

Características Particulares: As características únicas do pão de Ul/pada de Ul devem-se essencial e conjugadamente ao modo de produção, profundamente enraizado e tradicionalmente utilizado desde tempos remotos, ao uso do forno de lenha, proporcionando características sápidas únicas, diferenciadas e específicas e que se repetem ao longo dos séculos e à localização das instalações produtivas, nas imediações e margens de um curso de água.
 
Área de produção: A área geográfica de preparação do pão de Ul/pada de Ul está circunscrita à freguesia de Ul, do concelho de Oliveira de Azeméis, e a uma faixa com 500 metros de largura que bordeja a margem do Rio Antuã, nas freguesias de Macinhata e Travanca, do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta delimitação tem em conta a localização histórica dos fornos de lenha em UL e na zona limítrofe do Rio Antuã.
 
História: O pão ou pada de Ul é um produto tradicional, cuja origem e saber fazer têm sido mantidos ao longo de diversas gerações de padeiras. Muito ligada à sua realidade hidrográfica, a abundante água dos rios esteve omnipresente na vida económica desta região, pois, graças à força das águas, inúmeros moinhos de água em ambas as margens moeram farinha que, por sua vez, deu “alimento” a outra atividade complementar  a do fabrico do famosíssimo pão de Ul.