Descrição: O “canoco de Ul” é um pão de trigo tradicional, produzido com farinha de trigo tipo 80 (sêmea e rolão de trigo), com a forma ovalada, de base plana, por vezes com chanfro na côdea macia e miolo com alvéolos de tamanho pequeno. A côdea é firme, um pouco mais dura do que o interior e rugosidade mediana e o miolo é branco-torrado, macio e firme, com alvéolos de tamanho pequeno, distribuídos de forma homogénea. O canoco de Ul é um pão bem cozido, sem brilho, ligeiramente enfarinhado, de cor branco-torrado, mais escuro, se bem cozido. Tem um odor agradável, a pão de cereais e sabor agradável, pouco salgado e medianamente amargo. O canoco de UL mantém estas características sensoriais durante 8 a 12 horas após a cozedura, podendo, no entanto, ser consumido para além desse prazo.
Características Particulares: As características únicas do canoco de Ul devem-se essencial e conjugadamente: Ao modo de produção, profundamente enraizado e tradicional-mente utilizado desde tempos remotos, ao uso do forno de lenha, proporcionando características sápidas únicas, diferenciadas e específicas e que se repetem ao longo dos séculos, e à localização das instalações produtivas, nas imediações e margens de um curso de água.
Área de produção: A área geográfica de preparação do Canoco de Ul está circunscrita à freguesia de Ul, do concelho de Oliveira de Azeméis, e a uma faixa com 500 metros de largura que bordeja a margem do Rio Antuã, nas freguesias de Macinhata e Travanca, do concelho de Oliveira de Azeméis. Esta delimitação tem em conta a localização histórica dos fornos de lenha em UL e na zona limítrofe do Rio Antuã.
História: Oliveira de Azeméis tem enraizado nas suas tradições e cultura, os rios, os moi-nhos de água, os moleiros, e as padeiras. É na freguesia de Ul e na estreita faixa que bordeja a margem do Rio Antuã, nas freguesias de Macinhata e Travanca que os moleiros e as padeiras se tornam cúmplices não só em termos económicos, mas também sociais, uma vez que o casamento entre moleiros e padeiras se tornou comum.
Nesta terra as padeiras produziam e continuam a produzir o chamado “Pão de Ul”, a” Regueifa de Ul” e o “Canoco de Ul”, sendo inicialmente este último o pão para a família e não para a venda, uma vez que era feito com o aproveitamento os “restos” da peneiração da farinha.
A confeção destes produtos resulta, como dito anteriormente, de uma tradição ancestral, geralmente herdada de mães para filhas, sendo uma atividade reservada quase exclusivamente às mulheres, numa estreita relação com as demais tarefas domésticas, nomeadamente, a preparação das refeições. Este facto pode justificar a preservação desta tradição, sobretudo na geração de mulheres com idade superior a sessenta anos, e que se foram conservando no espaço doméstico, adquirindo os saberes transmitidos pelas suas mães.
Nesta terra as padeiras produziam e continuam a produzir o chamado “Pão de Ul”, a” Regueifa de Ul” e o “Canoco de Ul”, sendo inicialmente este último o pão para a família e não para a venda, uma vez que era feito com o aproveitamento os “restos” da peneiração da farinha.
A confeção destes produtos resulta, como dito anteriormente, de uma tradição ancestral, geralmente herdada de mães para filhas, sendo uma atividade reservada quase exclusivamente às mulheres, numa estreita relação com as demais tarefas domésticas, nomeadamente, a preparação das refeições. Este facto pode justificar a preservação desta tradição, sobretudo na geração de mulheres com idade superior a sessenta anos, e que se foram conservando no espaço doméstico, adquirindo os saberes transmitidos pelas suas mães.
Organismo de controlo e certificação
Plano de Controlo
Publicação no jornal oficial da UE