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saber fazer

Manjar de Língua de Arouca

Região: Norte.

Particularidade: Doce exclusivo da região de Mouca, tendo língua de vaca como ingrediente.

História: A terra de Arouca é, sem dúvida alguma, a fiel depositária de toda uma tradição doceira que remonta à actividade das freiras Bernardas, do extinto Convento de Arouca. As freiras Bernardas fabricavam os doces que se vendiam e se ofereciam como «Mimos, Brindes ou Pitanças» a entidades civis e eclesiásticas merecedoras de degustarem tão ricos manjares. Foi assim que esta arte, cultivada com gosto e imaginação, galgou os muros da cerca do convento, penetrando em paços senhoriais, fazendo parte indispensável de Festas e romarias populares, tornando estes doces conhecidos fora de Arouca. Como se terá processado a transmissão das receitas conventuais para determinadas famílias arouquenses? Em primeiro lugar, existe todo um manancial de fontes históricas que nos relata a existência de mulheres (as moças da ordem) que, vivendo dentro do convento, também trabalhavam fora do mesmo. É claro que estas mulheres, como servidoras do convento, também estavam em contacto direto com a vida quotidiana monástica. Por outro lado, sabemos que o Convento de Arouca era um espaço social muito procurado pelas famílias senhoriais da região do vale do Arda. Na conjugação destes dois fatores talvez encontremos a possível justificação para explicar a difusão da doçaria conventual para o exterior da massa granítica do nobre convento, propagando-se por todo o alfoz do couto de Arouca.

Uso: O Manjar de Língua, assim como os restantes doces conventuais, está direta ou indiretamente ligado a certos dias de festas litúrgicas. Dentro destas festividades salientamos o Natal e a Páscoa, bem como a festa da Rainha Santa Mafalda.

Saber fazer: O Manjar de Língua deverá ter sido urna receita imaginativa das freiras Bernardas, baseando-se na antiquíssima receita de Manjar Branco (referida já no século xvi), onde a peça cárnea era a galinha. Esta, cozida sem sal, era depois esmagada de forma a ficar em fios delgados que, posteriormente, eram cozinhados com açúcar e arroz (ou farinha), a fogo muito lento e durante muito tempo. Quando atingia uma consistência pastosa retirava-se do lume e adicionavam-se as gemas de ovos. Hoje em dia a receita mantém-se na região de Arouca, substituindo-se o peito de galinha pela língua de vaca. Esta, depois de cozida, é esfiapada e volta a cozinhar com cerca de 0,5 kg de arroz ou farinha de arroz e um litro de leite. Quando o arroz está meio cozido junta-se o açúcar e um pouco de sal. Quando o arroz está cozido, e o doce com uma consistência pastosa, retira-se do lume e juntam-se gemas de ovos até se obter uma cor bem dourada. Continua-se a bater muito bem até a consistência pastosa apresentar uma certa leveza. É bem provável que tenha sido a partir desta receita que se tenha popularizado tanto o portuguesíssimo arroz-doce ou o leite de creme do Norte.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001