• Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”
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  • Confraria do Queijo de São Jorge
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  • Confraria do Vinho de Lamas
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  • Confraria Gastronómica
    Confraria Gastronómica "Gastrónomos dos Açores"
  • Confraria Gastronómica “As Saínhas de Vagos”
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  • Confraria das Papas de S. Miguel
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  • Confraria Gastronómica O Moliceiro
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  • Confraria Gastronómica do Bucho de Arganil
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  • Confraria Gastronómica “O Rabelo”
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  • Confraria do Anho Assado com Arroz no Forno
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  • Confraria Atlântica do Chá
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  • Confraria da Carne Barrosã
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  • Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”
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  • Confraria Gastronómica do Arroz e do Mar
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  • Confraria da Broa de Avintes
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  • Confraria Almas Santas da Areosa e do Leitão
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  • Real Confraria da Cabra Velha
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  • Confraria do Bodo
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  • Confraria da Fogaça da Feira
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  • Confraria da Gastronomia do Ribatejo
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  • Confraria Gastronómica da Madeira
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  • Confraria do Chícharo
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  • Confraria Gastronómica de Sever do Vouga
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  • Confraria da Lampreia de Penacova
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  • Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal
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  • Confraria dos Sabores da Abóbora
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  • Confraria das Sardinhas Doces de Trancoso
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  • Confraria dos Gastrónomos da Região de Lafões
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saber fazer

Grão de Bico

Região: Alentejo.

Outras denominações: Grão. Gravanço.

Particularidade: Leguminosa seca, de grão amarelado e bicudo.

História: O Grão-de-bico é uma leguminosa de largo consumo em todo o País. A sua origem parece ser o Médio Oriente (planalto da Anatólia), donde terá vindo para a Europa com as migrações de povos e suas trocas comerciais. A data da sua introdução na península Ibérica não é conhecida, mas tanto o seu nome espanhol como o português apontam para que a sua existência seja anterior aos Romanos, devendo-se muito provavelmente aos Árabes.

Uso: A importância do Grão-de-Bico na alimentação portuguesa é de tal modo vincada que é consumido de norte a sul do Pais, em pratos tão diferentes como sopas, guisados — com carnes de porco ou com mão de vaca, cozido — acompanhando o bacalhau cozido e a «meia desfeita» (prato popular de bacalhau) ou como ingrediente para o recheio de sobremesas — azevias de Peniche, por exemplo. Muito curiosa é a sua utilização para fazer aperitivos caseiros (frito e salgado), substituindo frutos secos mais caros. A título de curiosidade, cita-se o seguinte ditado popular: «O grão só precisa de duas águas: a de semear e a de cozer.»

Saber fazer: A cultura do Grão-de-bico é estreme. Usa-se normalmente como cultura integrada na rotação dos cereais. No Alentejo esta cultura assume, em certas regiões (os chamados Barros Fortes), grande importância económica, porque permite rentabilizar as mobilizações do solo identificadas por alqueive (operação cultural feita no ano anterior ao da sementeira do trigo, em que o solo é lavrado por três vezes para permitir uma boa mineralização da terra e revestido com a cultura do Grão-de-Bico). A semente é normalmente preparada, joeirando-a por crivo de 8 a 10 mm e apurando para semente só o mais grado. Além disso, escolhe-se ainda os que se apresentam mais lisos e sem deformações. As sementeiras são feitas em março. Fazia-se muito pouca fertilização dos terrenos de grão. A sementeira pode fazer-se a lanço ou em linhas. No lanço, a terra é gradada e enregada em mãos de 5 m. Hoje muito poucos lavradores semeiam o grão a lanço, fazendo-se a sementeira em linhas separadas de 70 a 80 cm. A colheita começa geralmente em meados de agosto, ficando o grão em paveias até secar completamente, sendo depois carregado para a eira onde é debulhado. Aqui, os processos de debulho ainda hoje vão da batedura manual ao uso de animais de carga (bois) para o efeito, ou ao uso da debulhadora mecânica nos casos mais modernos. O grão é depois limpo, crivado e escolhido. A colheita do Grão-de-bico é normalmente feita por mulheres, durante as primeiras horas da madrugada, enquanto há humidade. A razão é que sendo as palhas muito frágeis, se se apanhasse o grão com os terríveis calores de agosto os pedúnculos partiam-se, perdendo-se muitas vagens. Este processo dá origem a grandes folguedos e cantares populares tão do gosto do povo alentejano, que consegue sempre tirar partido das situações mais adversas.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001