Celestes de Santa Clara

Descrição: Doce de amêndoa, ovos, açúcar, manteiga e limão, envolvidos por rodelas de obreia. Apresentam forma cilíndrica e cor amarela no topo e branca dos lados (obreia). São pequenos, com 3,5 cm de altura e 3 cm de diâmetro. A apresentação é individual ou em caixas de cartão de 6 ou 12 unidades.

Região: Lisboa e Vale do Tejo.

Particularidade: Bolos pequenos, cilíndricos, envoltos em obreia e com o topo amarelo tostado.

História: Os Celestes de Santa Clara de Santarém nasceram no Convento de Santa Clara, em Santarém, fundado no ano de 1259 e ao qual andam ligados os nomes de D. Afonso III e sua filha, Leonor Afonso. Segundo a lenda, a receita terá surgido concebida pelos anjos do céu, que a deram às monjas como recompensa pela sua fé. Foram inicialmente comercializados em Santarém, numa mercearia que já não existe, então propriedade de Ajax Augusto da Silva Rato que, à hora e dia previamente marcados, os ia buscar à roda do convento. Entretanto, através de noviças ou de postulantes, a receita foi divulgada, continuando no entanto a casa Ajax Rato a ser o local onde os Escalabitanos os iam adquirir. São tradicionalmente apresentados no Festival de Gastronomia de Santarém e incluídos na gastronomia dos roteiros turísticos da Região de Turismo do Ribatejo.

Uso: Como todos os bolos de pastelaria, são consumidos a qualquer hora do dia.

Saber fazer: Ao açúcar em ponto junta-se a amêndoa ralada e vai ao forno a cozer. Retira-se do forno, deixa-se arrefecer e adiciona-se a clara batida com as gemas, a manteiga e o limão. Vai de novo ao forno, após o que são envolvidos em rodela de obreia.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001