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  • Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”
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  • Confraria Almas Santas da Areosa e do Leitão
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  • Confraria Gastronómica do Arroz e do Mar
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  • Confraria das Papas de S. Miguel
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  • Confraria das Sardinhas Doces de Trancoso
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  • Confraria Gastronómica de Sever do Vouga
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  • Confraria Gastronómica do Bucho de Arganil
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  • Confraria da Lampreia de Penacova
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  • Confraria Gastronómica da Madeira
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  • Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”
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  • Confraria dos Sabores da Abóbora
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  • Confraria da Carne Barrosã
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  • Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal
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  • Confraria da Chanfana
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  • Confraria da Gastronomia do Ribatejo
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  • Confraria do Vinho de Lamas
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  • Confraria do Bucho Raiano
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  • Confraria da Fogaça da Feira
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  • Confraria Nabos e Companhia
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  • Confraria Queijo do Rabaçal
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  • Confraria do Anho Assado com Arroz no Forno
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  • Confraria da Marmelada de Odivelas
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saber fazer

Sopa de Cação ou Cação Alimado (coentrada)

Características particulares: O cação permanece numa marinada de vinagre cerca de 2 horas, para amaciar as espinhas e conservar as principais qualidades do cação.

Região: Alentejo.

Ingredientes utilizados: Cação, azeite, alho, coentros, colorau, folha de louro, farinha, vinagre, sal e pão.

Modo de preparação: Põe-se o peixe de molho em água, vinagre, sal e louro durante 2 horas. Refogam-se no azeite, os coentros e o alho picado. Adiciona-se depois a pouco e pouco a água necessária. Tempera-se de sal e introduz-se o cação. Deixa-se cozer. Adiciona-se depois à sopa, vinagre onde se desfez a farinha. Pode também juntar-se colorau. Deixa-se ferver até que a farinha não saiba a cru. Corta-se o pão às fatias finas, que se colocam bem acamadas numa terrina. Regam-se com o caldo e por cima dispõe-se o peixe.

Saber fazer: Pode servir-se o cação com pão frito à volta. Além dos coentros, pode também ser utilizada outra erva aromática, o poejo.

Formas de comercialização: Restaurantes.

Disponibilidade do produto ao longo do ano: Durante todo o ano.

Historial do produto: Da primitiva açorda árabe terão divergido em diferentes momentos e contextos, vários pratos da gastronomia alentejana. Nas costas marítimas do Gharb al-Andalus constata-se desde o período islâmico, a presença de um género de caldeirada de moreia (al-muwâraj) a qual seria então mais propriamente uma “açorda de moreia”. É provável que dessa época possa vir também a chamada “sopa de cação”, também ela uma açorda, pois leva sopas de pão na sua composição. O pequeno tubarão já daria às costas portuguesas então (Rei, 2016).
No entanto, é dispersa e de caráter genérico, a informação disponível sobre a introdução do cação na alimentação alentejana. Tal facto parece dever‑se à exclusiva utilização deste peixe na alimentação das classes com menos poder de compra. O seu baixo preço e a necessidade de o saber preparar para lhe eliminar o cheiro e sabor típicos que adquire, se sujeito a deficiente acomodação e conservação, devem ter sido fatores suficientes para o afastar de classes mais abastadas que consumiam pescado com maior prestígio e qualidade. (...) O Alentejo soube porém libertar toda a potencialidade deste pescado e por via de uma cozinha imaginativa a que juntaram as ervas aromáticas, para obviar aos inconvenientes de um pescado em que as condições de conserva lhe não eram favoráveis, criou e fixou, no decurso do século XX, uma série de receitas em que o Cação é o rei incontestado.

Representatividade na alimentação local: Prato presente em qualquer casa da região.

Fonte: DGADR, com base em Receitas e Sabores dos Territórios Rurais, MINHA TERRA, 2013, Carta Gastronómica do Alentejo - Monumenta Transtaganae Gastronómica (Confraria Gastronómica do Alentejo, 2013) e Rei, António (2016), A Açorda. Uma sopa de pão, da Alta Idade Média à atualidade, IEM /FCSH – Universidade Nova de Lisboa.

Foto: Cedida pela MINHA TERRA – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local.