Paio de Beja IGP

Descrição: O Paio de Beja IGP é um enchido obtido a partir de carnes do lombo, da perna e da espádua e gordura de porco de raça Alentejana, numa proporção de 70-90% de componentes magros para 10-30% de componentes gordos.

Método de produção: As carnes são cortadas mecânica ou manualmente. Aos pedaços de carne e gordura são adicionados sal, massa de pimentão, alhos secos pisados, cominho, colorau e pimenta. Esta massa repousa 1 a 2 dias, após os quais se enchem as tripas de porco, que foram conservadas em salmoura. Após a operação de enchimento procede-se à fumagem sobre lenha de azinho ou sobro, entre 3 e 12 dias.

Características particulares: O sabor especial de Paio de Beja IGP deve-se à madeira de azinho usada no fumeiro e às bolotas, principal alimento do porco de raça Alentejana.

Área de produção: A área geográfica de transformação, maturação, corte e acondicionamento do Paio de Beja IGP está circunscrita ao concelho de Beja.

História: A história do Paio de Beja IGP está intimamente ligada ao consumo de carne de porco no Alentejo, como se prova pelos vestígios que datam da Idade do Bronze, encontrados junto a antas e outros monumentos megalíticos. Esta tradição continuou durante o domínio romano na região, colonizadores que ali encontraram aspetos inovadores: o porco alimentado a bolota e a utilização de plantas aromáticas locais na confeção de alimentos. Apesar das interdições do Corão, o domínio árabe do Alentejo não afetou o consumo de carne de porco, tendo o seu contributo sido relevante, ao introduzirem as especiarias na culinária local.

 

Caderno de Especificações (pdf)

Área geográfica

Publicação no jornal oficial da UE
Regulamento (CE) n.º 510/2006 do Conselho de 7.6.2006 - C 132/36
Regulamento (CE) n.º 148/2007 da Comissão de 15.02.2007 - L 46/14

 

Porco AlentejanoPadrão da Raça Suína Alentejana

Aspeto geral – Corpulência médio-pequena, esqueleto aligeirado, grande rusticidade e temperamento vivo. Machos com testículos bem salientes e medianamente volumosos. Fêmeas com mamilos com número não inferior a 5 de cada lado.
Pele – Preta ardósia, com cerdas raras, finas e de cor preta ou ruiva.
Cabeça – Comprida e fina de ângulo frontonasal pouco acentuado, orelhas pequenas e finas, de forma triangular, dirigidas para a frente e com a ponta ligeiramente lançada para fora.
Pescoço – De comprimento médio e musculado.
Porco AlentejanoTronco – Região dorso-lombar pouco arqueada, garupa comprida e oblíqua, ventre descaído, cauda fina de média inserção e terminada com um tufo de cerdas.
Membros – De comprimento médio, delgados e bem aprumados, terminando por pés pequenos e unha rija.
Variedades: Lampinha; Ervideira; Caldeira; Mamilada

Fontes:
ACEPA – Agrupamento Complementar de Empresas do Porco Alentejano:
ACPA – Associação de Criadores de Porco Alentejano
ANCPA – Associação Nacional dos Criadores de Porco Alentejano