Mel da Serra de Monchique DOP

Descrição: É um mel produzido pela abelha Apis mellifera (Ibérica) e é considerado um mel de néctar, com cor amarelo escura e particularmente rico em sais minerais.

Método de produção: Não é permitida a alimentação artificial das colmeias de abelhas. A cresta só é autorizada depois da floração e depois do mel operculado, usando fumigador com bagas de eucalipto, ervas ou folhas secas. A purificação é feira por decantação. As colmeias são lavadas e desinfetadas apenas na altura da substituição. As instalações de extração e acondicionamento têm que estar localizadas no interior da área geográfica de produção. A recolha do mel decorre desde fins de maio até meados de julho, ficando em repouso até setembro/ outubro, sendo depois centrifugado e embalado em boiões de vidro. Pode-se apresentar sob a forma de mel centrifugado ou mel em favos, desde que totalmente operculados. Existe na região uma extensa área de medronhal, o que proporciona um mel de sabor “amargo”, muito típico, o qual poderá futuramente vir a merecer alguma diferenciação ao nível da denominação de venda como “Mel de Medronho”.

Características particulares: É um mel de néctar, multi-floral, de sabor suave devido, em grande parte, à presença de citrus e prunus.

Área de produção: Freguesias de Monchique, Alferce e Marmelete do concelho de Monchique, freguesias de Odeceixe, Aljezur e Bordeira, do concelho de Alejezur, freguesia de Bensafrim do concelho de Lagos, freguesias de Mexilhoeira Grande e Portimão do concelho de Portimão às freguesias de São Marcos da Serra, Silves e S. Bartolomeu de Messines do concelho de Silves.

História: Consagrado pelo uso face, designadamente, a referências escritas sobre este produto, que datam de 1600.
Os Romanos deram grande implemento à apicultura, desenvolvendo-a durante a sua presença nas Caldas de Monchique. Joaquim Romero Magalhães refere-se à produção do mel citando Henrique Fernandes Serrão: “… O maciço sianítico de Monchique… Tudo é cercado de pomares deleitosos, em que há castanhas, nozes, peras, maçãs e outra muita fruta; tem muitas vinhas, muita criação de gado, muito mel e cera e pão.” A Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura menciona a propósito da produção de mel nesta região: “… mas principalmente pelo cultivo de colmeias a que o sítio se apropriava e que enriqueceriam os seus possuidores, pela produção de cera e mel, numa época em que o culto atingira o máximo: a cera para os altares, o mel para os doces dos conventos.” José António Gascon refere que “… o mel e a cera aqui produzidos, são de ótima qualidade, precisando porém de ser posto de parte o antiquado sistema dos “cortiços”.

Caderno de especificações (pdf)

Área Geográfica

Publicação no jornal oficial da UE
Regulamento (CE) n.º 1107/96 da Comissão de 12.06.1996 - L 148/1