Arrufada de Coimbra

Descrição: Bolo lêvedo, redondo, preparado com farinha, ovos, açúcar, manteiga, leite suficiente para amassar e uma colher de chá de canela. Leva sobre a superfície uma argola feita com um rolinho de massa em jeito de coroa, por vezes com o centro polvilhado com açúcar granulado. O peso varia consoante o tamanho.

Região: Centro.

Particularidade: Pão doce e fofo, de sabor a canela e polvilhado com açúcar.

História: Nalgumas regiões era, e ainda é, costume tradicional a noiva, acompanhada pela mãe, ir apresentar o noivo aos familiares. Nestas visitas o noivo e a noiva levavam travessas ou açafates muito bem decorados e que, continham arrufadas e lindos pratos de arroz doce sem ovos. Oito dias depois iam os noivos recuperar esta baixela que vinha acompanhada da prenda de casamento. Ainda hoje, na estação de Coimbra, é costume verem-se mulheres que vendem arrufadas nuns cestos forrados com toalhas brancas.

Uso: Ao pequeno-almoço ou em refeições intercalares.

Saber fazer: Peneira-se a farinha para um alguidar e junta-se uma colher de chá de fermento de padeiro desfeito no leite tépido, acrescentam-se os ovos e o açúcar e amassa-se muito bem. Adiciona-se a canela e a manteiga derretida, continuando a amassar. Seguidamente cobre-se o alguidar com um cobertor e coloca-se o conjunto num local com temperatura amena e deixa-se levedar durante 24 h. Vai ao forno sobre papel vegetal untado e sob a forma de bolas cuja superfície é pintada com ovo e decorada com uma pequena argola de massa. Ao enfornar, a superfície é polvilhada com açúcar granulado.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001