Lombo Enguitado de Portalegre PGI

Descrição: O Lombo Enguitado de Portalegre IGP é um ensacado, curado por fumagem, constituído por lombo de porco da raça Alentejana, limpo de gordura superficial, fresco, adicionado de sal, alhos secos pisados, pimentão e, por vezes, vinho branco da região de Portalegre. O invólucro é a designada "pele das banhas", ou seja, as membranas serosas (pleural ou peritoneal) de porco.

Método de produção: O lombo de porco depois de aparado, isto é, libertado da cabeça do lombo, de grande parte da gordura, de aponevroses e de tendões é golpeado e mergulhado e/ou barrado com uma calda feita com os condimentos, permanecendo assim de 2 a 7 dias. Como condimentos utilizam-se pimentão, alho, sal, água e por vezes vinho da região. Após o repouso da massa os lombos são dobrados pelo meio, de modo que a gordura fique para a parte de dentro, procedendo-se por fim ao seu enrolamento na "pele das banhas". De imediato procede-se ao seu enguitamento e aperto por dupla atadura. Finda esta operação, pica-se e é fumado (fumo de lenha de azinho/e/ou sobro) durante cerca de 6 dias. Findo este período, retira-se do fumeiro, findo o qual se voltam a apertar os fios e a colocar no fumeiro até se encontrar completamente curado.

Características particulares: O sabor característico do Lombo Enguitado de Portalegre IGP deve-se em grande parte à utilização de carne e gordura provenientes de porcos de raça Alentejana com uma alimentação rica em bolota.

Área de produção: O Lombo Enguitado de Portalegre IGP é feito no distrito de Portalegre.

História: O Lombo Enguitado de Portalegre IGP integra um conjunto vasto de salsicharia tradicional da região de Portalegre, cujo aparecimento resulta da existência de uma oferta concentrada de carne de porco numa dada época do ano, conjugada com a existência de um microclima influenciado pela Serra de S. Mamede e com o saber fazer das populações, que conduziu ao aprofundamento das técnicas de transformação e conservação de carne de porco pelos processos tradicionais de salga e secagem.

Caderno de especificações (pdf)

Área geográfica

Agrupamento de produtores
NATUR-AL-CARNES - Agrupamento de Produtores Pecuários do Norte Alentejano, S. A.

Organismo de controlo e certificação

Publicação no jornal oficial UE
Regulamento (CE) n.º 1875/97 da Comissão de 26 09 1997 - L 265/26
JOCE C24 de 24.1.1997 – publicação do período de oposição

Publicação em DR
Rectificação n.º 2940/2000 – 30.11.2000
Aviso n.º 7820/2000 – 06.05.2000

 

Padrão da Raça Suína AlentejanaPorco Alentejano

Aspeto geral – Corpulência médio-pequena, esqueleto aligeirado, grande rusticidade e temperamento vivo. Machos com testículos bem salientes e medianamente volumosos. Fêmeas com mamilos com número não inferior a 5 de cada lado.
Pele – Preta ardósia, com cerdas raras, finas e de cor preta ou ruiva.
Cabeça – Comprida e fina de ângulo frontonasal pouco acentuado, orelhas pequenas e finas, de forma triangular, dirigidas para a frente e com a ponta ligeiramente lançada para fora.
Pescoço – De comprimento médio e musculado.
Porco AlentejanoTronco – Região dorso-lombar pouco arqueada, garupa comprida e oblíqua, ventre descaído, cauda fina de média inserção e terminada com um tufo de cerdas.
Membros – De comprimento médio, delgados e bem aprumados, terminando por pés pequenos e unha rija.
Variedades: Lampinha; Ervideira; Caldeira; Mamilada

Fontes:
ACEPA – Agrupamento Complementar de Empresas do Porco Alentejano:
ACPA – Associação de Criadores de Porco Alentejano
ANCPA – Associação Nacional dos Criadores de Porco Alentejano