Cacholeira Branca de Portalegre IGP

Descrição: A Cacholeira Branca de Portalegre IGP é um enchido em forma de ferradura, cilíndrico, com um comprimento de até 50 cm e um diâmetro de 30 a 50 mm, obtido a partir das miudezas (fígado, baço, coração e pâncreas) e da gordura de porcos de raça alentejana, às quais se adiciona sal e, por vezes, alho e cominhos. Tem um aspeto exterior castanho-escuro a acinzentado brilhante. Ao corte apresenta massa de aspeto marmoreado, de cor castanha-acinzentada de diversas tonalidades. Tem um sabor suave ou delicado, pouco salgado.

Método de produção: Às miudezas e gordura finamente picadas adiciona-se sangue de porco. A mistura resultante é temperada e deixada a marinar durante 12 a 24 horas, num local com temperatura não superior a 10 °C e humidade próxima dos 80-90%. Após este período procede-se ao enchimento. Os enchidos são então escaldados durante o tempo suficiente para que fique cozida (meia-hora a uma hora), num recipiente com água quente mas sem chegar a ferver. Finalmente os enchidos são mergulhados em água fria por 2 a 5 minutos.

Características particulares: O sabor característico da Cacholeira Branca de Portalegre IGP deve-se em grande parte à utilização de miudezas e gordura provenientes de porcos de raça Alentejana com uma alimentação rica em bolota.

Área de produção: A área de produção da Cacholeira Branca de Portalegre IGP coincide a do distrito de Portalegre, abarcando uma superfície total de 6065 km2.

História: A Cacholeira Branca de Portalegre IGP integra um conjunto vasto de salsicharia tradicional da região de Portalegre, cujo aparecimento resulta da existência de uma oferta concentrada de carne de porco numa dada época do ano, conjugada com a existência de um macroclima propício e com o saber fazer das populações, o que conduziu ao aprofundamento das técnicas de transformação e conservação de carne de porco pelos processos tradicionais de salga e secagem, adaptados a um microclima influenciado pela Serra de S. Mamede.

Caderno de especificações (pdf)

Área geográfica

Agrupamento de produtores
NATUR-AL-CARNES - Agrupamento de Produtores Pecuários do Norte Alentejano, S. A.

Organismo de controlo e certificação

Publicação no jornal oficial da UE
Regulamento (CE) n.º 1875/97 da Comissão de 26 09 1997 - L 265/26
JOCE C24 de 24.1.1997 – publicação do período de oposição

Publicação em DR
Aviso n.º 4314/2005 – 21.04.2005
Rectificação n.º 2940/2000 – 30.11.2000
Aviso n.º 7820/2000 – 06.05.2000

 

Padrão da Raça Suína AlentejanaPorco Alentejano

Aspeto geral – Corpulência médio-pequena, esqueleto aligeirado, grande rusticidade e temperamento vivo. Machos com testículos bem salientes e medianamente volumosos. Fêmeas com mamilos com número não inferior a 5 de cada lado.
Pele – Preta ardósia, com cerdas raras, finas e de cor preta ou ruiva.
Cabeça – Comprida e fina de ângulo frontonasal pouco acentuado, orelhas pequenas e finas, de forma triangular, dirigidas para a frente e com a ponta ligeiramente lançada para fora.
Pescoço – De comprimento médio e musculado.
Porco AlentejanoTronco – Região dorso-lombar pouco arqueada, garupa comprida e oblíqua, ventre descaído, cauda fina de média inserção e terminada com um tufo de cerdas.
Membros – De comprimento médio, delgados e bem aprumados, terminando por pés pequenos e unha rija.
Variedades: Lampinha; Ervideira; Caldeira; Mamilada

Fontes:
ACEPA – Agrupamento Complementar de Empresas do Porco Alentejano
ACPA – Associação de Criadores de Porco Alentejano
ANCPA – Associação Nacional dos Criadores de Porco Alentejano