Descrição: A Chouriça Doce de Vinhais IGP é um enchido fumado, obtido a partir carne de porcos de raça Bísara ou com 50% de sangue Bísaro, pão regional, azeite de Trás-os-Montes, sangue de porco, mel e nozes ou amêndoas. Tem forma de ferradura com cerca de 20-25 cm de comprimento e 2-3 cm de diâmetro, de cor preta, não homogénea, com zonas mais claras onde se percebem as carnes desfiadas e os frutos secos. Tem um peso de cerca de 150 g.

Método de produção: A carne é picada e cozida em água e sal. Uma vez cozinhada, o pão é cortado em fatias finas e amolecido na calda da cozedura das carnes. A esta massa juntam-se os condimentos, as carnes desfiadas, o azeite, o sangue de porco, o mel e as amêndoas e/ou nozes. A seguir acerta-se a condimentação e procede-se ao enchimento da tripa. A fumagem realiza-se em lume brando com lenha de carvalho e/ou castanho, seguindo-se a cura ou estabilização num período superior a 15 dias.
Características particulares: O clima da região, o conhecimento das populações locais na criação de suínos, a alta qualidade da sua alimentação e o método de fumagem fazem da Chouriça Doce de Vinhais IGP um produto único.

Área de produção: A área de nascimento, cria, recria, abate e desmancha dos porcos usados na produção de Chouriça Doce de Vinhais IGP engloba os distritos de Bragança e de Vila Real. A área geográfica de transformação engloba apenas o distrito de Bragança.

História: A produção de Chouriça Doce de Vinhais IGP está intrinsecamente relacionada com a antiguidade da criação de porcos na região (tal como demonstrado pelas várias esculturas zoomórficas existentes em diversas localidades), bem como com a qualidade das matérias-primas aí tradicionalmente produzidas.

Caderno de especificações (pdf)

Área geográfica

Agrupamento de produtores
ANCSUB - Associação Nacional de Criadores de Suínos da Raça Bísara

Organismo de controlo e certificação
TRADIÇÃO E QUALIDADE - Assoc. Interprof. Produtos Agro-Alimentares de Trás-os-Montes

Plano de controlo
Plano de controlo (pdf)

Publicação no jornal oficial da UE
Regulamento (CE) n.º 723/2008 da Comissão – L198/28 – 26.07.2008
Publicação do pedido de registo (2007/C268/15) – C268/33 – 10.11.2007

Publicação em DR
Aviso n.º 13707/2014, de 09.12.2014
Despacho n.º 16840/2005, de 04.08.2005
Aviso n.º 3274/2005, de 30.03.2005
Aviso n.º 453/2002, de 15.01.2002

 

Padrão da Raça Suína Bísara: Conforme definido no Regulamento do Livro Genealógico os suínos da Raça Bísara caracterizam-se morfologicamente do seguinte modo:

Bisaro 1Aspeto geral — Animais grandes, chegam a atingir 1 m de altura e 1,5 m desde a nuca à raiz da cauda;
Pelagem — Branca, preta ou malhada; pele geralmente grossa e as cerdas normalmente compridas, grossas e abundantes;
Cabeça — Grossa e de perfil côncavo; crista occipital dirigida para diante, tromba espessa e comprida, boca grande. Orelhas compridas, largas e pendentes, sem contudo cobrirem os olhos. Face pouco desenvolvida e papada reduzida;
Pescoço — Comprido e regularmente musculado;
Tronco — Tórax alto, achatado e pouco profundo, com costelas compridas e pouco arqueadas Dorso comprido, linha dorso-lombar convexa. Ventre esgalgado, com dez tetos ou mais. Flanco largo e pouco descido. Garupa de bom comprimento mas estreita, descaída e pouco musculada. Cauda de média inserção e grossa;
Bisaro 2Membros — De regular aprumo, compridos, ossudos e pouco musculados. Pés bem desenvolvidos mas brandos.

Fontes:
ANCSUB – Associação Nacional de Criadores de Suínos de Raça Bísara
Agroquisa – Ciências para a Qualidade de Vida
Ruralbit – Fotografias de Raças Autóctones