Descrição: O Presunto de Campo Maior e Elvas e a Paleta de Campo Maior e Elvas IGP são presuntos da raça alentejana. Presunto é feito com as pernas traseiras e Paleta é feito com as pernas dianteiras.
Método de produção: Os suínos são criados ao ar livre e alimentam-se de erva, cereais, vegetação e ovos. Após um período de engorda compreendido entre 60 e 90 dias e com uma idade compreendida entre os 12 e os 24 meses e um peso mínimo de 90 kg, os suínos são abatidos. A perna e o ombro devem pesar pelo menos 7,5 kg (com o pé) e 5 kg, respetivamente. O presunto é transformado de forma tradicional local, dividido em várias fases: corte, salga durante 15 dias a uma temperatura inferior a 5 °C; lavar e pendurar durante um a três dias; secagem, durante 30 dias, a uma temperatura compreendida entre 3 °C e 5 °C; cura realizada em duas fases, a primeira dura 45 dias a uma temperatura compreendida entre 8 °C e 12 °C e a segunda dura 20 dias a uma temperatura compreendida entre 12 °C e 18 °C; por último, o presunto é suspenso durante 12 meses em condições climáticas naturais.
Características Particulares: A área de confeção deste presunto apresenta solos pobres, verões quentes e secos e invernos frios e secos, apresenta pluviosidade anual (617 mm) e está muito exposta ao sol. A raça alentejana de porco é a mais adequada a estas condições e pode ser criada no exterior. Esta forma de criação e alimentação confere à carne as suas qualidades muito particulares. O clima também se presta muito favoravelmente à secagem e cura dos presuntos, sem ter de recorrer à fumagem ou a outros meios de conservação, exceto a adição de sal. O logótipo do Presunto de Campo Maior e Elvas e da Paleta de Campo Major e Elvas IGP é marcado nas cascas dos presuntos.
Área de produção: O Presunto de Campo Maior e Elvas e a Paleta de Campo Maior e Elvas IGP são fabricados nas áreas municipais de Campo Maior e Elvas, no distrito de Portalegre.
História: As origens do Presunto de Campo Maior e Elvas e da Paleta de Campo Maior e Elvas IGP estão intimamente relacionadas com os numerosos registos que ligam a importância do porco na alimentação da população local, que remonta a vários séculos antes de Cristo. O conflito entre os agricultores e os criadores de suínos, devido aos danos causados pelos suínos às culturas, está bem documentado há mais de quatro séculos. Entre o final do século XIX e o início do século XX, a criação de suínos no Alto Alentejo tornou-se uma parte importante da economia local.
Caderno de especificações (pdf)
Agrupamento de produtores
ACPA - Associação de Criadores de Porco Alentejano
Organismo de controlo e certificação
AGRICERT, certificação de produtos alimentares, Lda
Plano de controlo
Publicação no jornal oficial da UE
Regulamento (CE) n.º 943/2008 da Comissão de 26.09.2008 - L 258/52
Regulamento (CE) n.º 510/2006 do Conselho de 19.12.2007 - C 308/23
Publicação em DR