Polvo Seco

Descrição: Polvo inteiro (Octopus vulgaris), aberto, bem seco, de cor castanho-avermelhada e de consistência rija. O seu peso varia entre os 600 g e os 6 kg.

Região: Algarve.

Particularidade: Polvo seco ao ar, de cor acastanhada.

História: O Polvo Seco é caracteristicamente um petisco essencial em todas as feiras e arraiais do Sul do País. As suas origens remontam a tempos imemoriais, estando associado aos primórdios da pesca e à necessidade de aproveitar o excesso de peixe para tempos de carência alimentar. Ultimamente o seu consumo tem vindo a decrescer, devido não só ao seu custo em fresco como também à concorrência de outros produtos mais em voga e menos tradicionais.

Uso: Nas feiras e arraiais existem sempre tendas que vendem Polvo Seco, assado em fogareiros de carvão.

Saber fazer: O polvo fresco é pescado durante quase todo o ano utilizando «covos» (armações em rede com o formato de caixas retangulares providas de uma abertura que estrangula para o interior impedindo a saída do animal) ou «alcatruzes» (ânforas de barro). O polvo é depois eviscerado e lavado. É, em seguida, mergulhado durante algum tempo em salmoura, depois golpeado e esticado em paus (colmos) e pendurado em cordas ao sol durante 4 a 5 dias de modo a permitir a máxima exposição. A secagem natural, alternadamente ao sol e à sombra, obriga diariamente à sua recolha noturna.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001