Pão de Padronelo

Descrição: Pão de mistura de farinhas de centeio e trigo com cerca de 10 a 15 cm na diagonal, cujo peso médio é de cerca de 150 g e uma altura de cerca de 5 cm. A sua cor é amarelo-torrada e tem uma consistência firme e suave.

Região: Norte.

Outras denominações: Pão de Ovelhinha.

Particularidade: É um pão de mistura de centeio e trigo, com quatro cantos e estrangulamento central, aparentando a forma de quatro losangos unidos.

História: O nome do Pão de Padronelo provém da freguesia do concelho de Amarante onde, no lugar da Ovelhinha, começou inicialmente a ser fabricado. Este lugar situa-se junto ao rio Ovelha, dispondo de vários moinhos tradicionais, alguns ainda em funcionamento. Aquando da segunda invasão francesa (1809), o lugar da Ovelhinha foi completamente destruído, tendo as padarias sido reconstruídas em locais, mais altos, onde ainda hoje funcionam. É, face ao seu formato, conhecido como o «pão da Concórdia».

Uso: É um pão usualmente consumido na região de Amarante, geralmente acompanhado por rodelas de fumeiro caseiro. É um pão familiar já que o seu formato facilita a divisão em quatro, o que permite que outras tantas pessoas se sirvam simultaneamente.

Saber fazer: Pão fabricado segundo métodos tradicionais e cozido em forno de lenha. A farinha é moída em moinhos tradicionais, sendo depois peneirada e amassada com água, sal e fermento. Leveda cerca de 2 h. Volta a ser amassada à mão, altura em que se lhe dá o formato característico: um quadrilátero que é estrangulado segundo as medianas, ficando com o aspecto de losangos grosseiros, mais largos na zona de ligação e bicudos nas extremidades. A massa do pão é depois «couçada» (leveda tapada com cobertores). Entretanto, o forno é aquecido durante 1 h com lenha. Seguidamente o pão é cozido durante cerca de meia hora.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001