Empadas de Galinha

Descrição: Pastel com cerca de 6 cm de diâmetro superior e 4 cm de altura. Estas dimensões têm variado muito, pois inicialmente as empadas tinham um diâmetro muito maior e hoje (e desde há dezenas de anos) aparecem pastéis com altura (de 6 a 7 cm) maior que o diâmetro. Também são por vezes fabricados com massa tenra em vez de massa folhada. O recheio é feito à base de galinha, toucinho e gemas de ovos, e condimentado com cebola, pimenta branca em grão, salsa, sal, cravo-da-índia, vinagre e sumo de limão.

Região: Alentejo.

Particularidade: Pastel em forma de caixa de massa folhada, de forma tronco-cónica, coberto com uma rodela da mesma massa e recheado com um preparado à base de galinha.

História: As empadas fazem parte do receituário típico do Alentejo, sobretudo do Baixo Alentejo. Já em 1939, aquando da Exposição Universal do Mundo Português, apareceram citadas em resposta a um inquérito da Secção de Etnografia. Também na década de 50, o concurso promovido pela Radiotelevisão Portuguesa e pelo Secretariado Nacional de Informação foi ganho pela Sr.ª Dª Maria Palmira Palmamira (falecida há mais de uma dezena de anos, com cerca de 90 anos) com a sua receita de empadas de galinha.

Uso: Como merenda ou como prato principal de uma refeição.

Saber fazer: Faz-se uma massa folhada, que se reserva, com farinha, sal, manteiga ou margarina e água. Corta-se a galinha aos bocados, lava-se e leva-se a cozer (até a carne se separar dos ossos) com cebola, toucinho, salsa, cravo-da-índia, pimenta em grão, sal, vinagre e a água suficiente para cobrir os ingredientes citados. Retira-se a carne dos ossos e pica-se bem com o toucinho. Leva-se o molho, a que se retiraram os condimentos, a apurar e juntam-se as gemas. Deixa-se cozer lentamente, retificam-se os temperos e junta-se sumo de limão. Estende-se a massa folhada e cortam-se rodelas com que se forram as formas, previamente untadas com banha. Enchem-se com o recheio, tapam-se com uma outra rodela de massa, fazendo aderir os bordos, pincelam-se com ovo e vão ao forno.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001