Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas IGP

Descrição: Entende-se por Arroz Carolino das Lezírias a cariopse desencasulada da planta Oryza sativa L., subespécie Japónica, proveniente da variedade Aríete 2ª Geração.

Método de produção: Todo o circuito produtivo tem lugar na área geográfica delimitada, desde a sementeira, à colheita e acondicionamento. A colheita obedece a regras próprias, incluindo data, estado fenológico e humidade do bago mas também na maquinaria usada quer na colheita, quer no transporte, armazenagem, secagem, descasque, branqueamento e polimento.

Características particulares: Esta variedade de arroz tem uma adaptação natural aos factores geográficos e climatéricos, tais como o solo, a temperatura, o número de horas de sol e a água. É a conjugação destes fatores que confere ao grão de Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas IGP uma especificidade única, designadamente ao nível sápido e aromático e da capacidade de adsorsão. O Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas IGP apresenta baixa relação amilose/amilopectina, elevada capacidade de adsorção de água e de moléculas aromáticas dos condimentos e muito elevado rendimento industrial.

Área de produção: A área geográfica de produção do Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas IGP está circunscrita às freguesias de Azambuja, Alcoentre, Aveiras de Baixo, Aveiras de Cima, Macussa, Manique do Intendente, Vale do Paraíso, Vila Nova da Rainha e Vila Nova de São Pedro, do concelho da Azambuja; Barrosa, Benavente, Samora Correia e Santo Estevão, do concelho de Benavente; Foros de Salvaterra, Glória do Ribatejo, Granho, Marinhais, Muge e Salvaterra de Magos, do concelho de Salvaterra de Magos; Alhandra, Alverca do Ribatejo, Cachoeiras, Castanheira do Ribatejo, Calhandriz, Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria, São João dos Montes, Sobralinho, Vialonga, Vila Franca de Xira, do concelho de Vila Franca de Xira; Azervadinha, Coruche, Couço, Erra, Foros da Branca, Lamarosa, São Torcato e Santana do Mato, do concelho de Coruche.

História: A área geográfica onde o Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas IGP é produzido, tem especificidade própria, designadamente em matéria de solos (pedogénese diferenciada), qualidade de água, número de horas de insolação e baixas amplitudes térmicas, conferidas pela sua localização no estuário do Rio Tejo. Esta zona é praticamente plana (lezírias e várzeas), com uma altitude bastante reduzida (inferior a 100 m). Os solos são na totalidade aluviossolos e coluviossolos eutéricos, pardos, de composição argilosa e limo-argilosa, originados por partículas férteis trazidas pelas cheias e marés vivas, que sofreram posteriormente uma sedimentação sobre camadas arenosas. Estas condições, aliadas a um pH entre 5,5 e 6,5 mas que pode oscilar entre 4,5 e 8,7 e ao facto de as águas serem salobras, já que a região ainda é sujeita à influência das marés inviabilizam, na quase totalidade da área, a existência de outras culturas, que não do arroz. O cultivo de arroz, nas referidas zonas, apresenta um carácter de sustentabilidade, pois permite a manutenção do ecossistema, de fauna e flora associados à cultura, além de evitar problemas agrícolas como é o caso da salinização dos solos. Por outro lado, desenvolveu-se na região um saber fazer muito forte e específico, resultante de uma prática da cultura superior a dois séculos.

Caderno de especificações (pdf)

Área geográfica

Agrupamento de Produtores
ORIVÁRZEA - Orizicultores da Várzea de Samora e Benavente, S. A

Organismo de controlo e certificação
Kiwa Sativa – Unipessoal, Lda.

Plano de controlo
Plano de controlo (pdf)

Publicação no jornal oficial da UE
Regulamento (CE) n.º 670/2008 da Comissão de 15.07.2008 - L 188/17
Regulamento (CE) n.º 510/2006 do Conselho de 31.10.2007

Publicação em DR
Aviso n.º 4568/2005, de 30 de março