Queijinhos de Hóstia

Descrição: Bolinho de cerca de 4 a 5 cm de diâmetro, fabricado com açúcar, amêndoa, gemas de ovos, claras de ovos e ovos moles. É formado por uma argola de massa de amêndoa, recheada com ovos moles e limitada na base e no topo por rodelas de obreia.

Região: Alentejo.

Outras denominações: Queijadinhas de Hóstia.

Particularidade: Bolo pequeno, de cor branca, com a base e o topo constituídos por rodelas de hóstia (obreia). É recheado com doce de ovos (ovos moles) que conferem ao bolo uma tonalidade amarela na parte central.

História: A utilização de obreia, produto de que se fabricam as hóstias, é típica dos doces de origem conventual. E, como todos os doces conventuais, não é possível estabelecer com precisão a época da sua «invenção». Sabe-se apenas que foi premiado num dos concursos realizados pela Radiotelevisão Portuguesa e pelo Secretariado Nacional de Informação na década de 70. Hoje são conhecidos por Queijinhos de Hóstia mas o seu nome original foi Queijadinhas de Hóstia. Diz-se que quem passa pelo Alentejo não pode deixar de ser seduzido por nomes tão atrativos como Bolo Tão Bom, Papos de Anjo, Queijinhos de Hóstia, etc.

Uso: Como guloseima e sobremesa.

Saber fazer: Leva-se o açúcar a ferver com água até se obter ponto de pasta. Adicionam-se as amêndoas muito bem moídas, as gemas e as claras e leva-se a cozer lentamente. Corta-se a obreia humedecida em rodelas, as quais se colocam na base e no topo dos queijinhos. Com a massa de amêndoa fazem-se argolinhas que se colocam sobre as rodelas de obreia, se recheiam com ovos moles (anteriormente preparados) e se tapam com outras rodelas.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001