Boleima

Descrição: Apresenta-se sob a forma de quadrado (ou retângulo) de massa castanha, dourada e polvilhada com canela. Fabricado com massa de pão de trigo, açúcar, azeite, banha e canela. A Boleima Rica leva maçã aos bocados.

Região: Alentejo

Variantes: Boleima Vulgar (rica) e Boleima Pobre. Além destas existem ainda quatro tipos: Boleima do Marvão, Boleima com Maçã (atribuída a Alpalhão), Boleima Folhada (atribuída a Portalegre) e Boleima à Antiga (atribuída a Castelo de Vide).

Particularidade: Bolo confecionado sem ovos, para aproveitamento dos restos de massa do pão de trigo obtidos durante a «amassadura».

História: A pastelaria alentejana é muito rica e variada e utiliza normalmente matérias primas nobres pois tem geralmente origem conventual. Este bolo, porém, de feitura simples e fabricado com ingredientes «modestos», tem certamente uma origem popular. Em certas regiões, um bolo muito semelhante é denominado «bolo de fundo do alguidar» para significar que é obtido a partir das raspas e restos de massa de pão que ficam aderentes às paredes e fundo do alguidar quando, após a amassadura e fermentação da massa, se tendem os pães.

Uso: Consumido ao pequeno-almoço e ao lanche ou durante o dia como suplemento de alimentação, sobretudo nas zonas rurais onde ainda se fabrica pão artesanalmente.

Saber fazer: Amassam-se os bocados de massa de pão com as gorduras, o açúcar e a canela até se obter uma massa pastosa que se leva a cozer no forno durante a cozedura do pão ou imediatamente após, em tabuleiros untados com banha.

Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001