Cordeiro de Barroso IGP (Anho de Barroso, Borrego de Leite de Barroso)

Descrição: O Cordeiro de Barroso IGP é produzido a partir do cruzamento dos animais das raças Churra Galega e Bordaleira de Entre Douro e Minho. Também é conhecido por Anho de Barroso ou Borrego de Leite de Barroso.

Método de produção: A forma de pastoreio tradicional da região é a vezeira: sistema de pastoreio comunitário em que os animais de vários proprietários da mesma aldeia são levados em conjunto a pastar. A alimentação é feita à base da flora arbustiva e lenhosa espontânea de matos, composta maioritariamente por urzes (Erica spp.), tojos (Ulex spp.), carqueja (Chamaespartium tridentallum), sargaço (Halimium allyssoides) e giestas (Cystisus spp. e Genista spp).
Os cordeiros jovens ficam geralmente nas cortes, não acompanhando as mães à pastagem, alimentam-se de leite materno até ao abate e só começam a ingerir alimentos sólidos – feno, rama de vidoeiro ou salgueiro, fetos secos e centeio - a partir de um mês de idade.
Os cordeiros são abatidos a partir de um mês de idade e até aos quatro meses, com um peso vivo que varia entre os 6 e os 20 kg.

Características particulares: A carne de Cordeiro de Barroso faz parte não só da gastronomia local, mas também dos usos e costumes da comunidade local. Os habitantes de Barroso ainda hoje usam um cordeiro como uma forma de pagamento ou como um presente em ocasiões especiais, como casamentos, onde um cordeiro é oferecido ao sacerdote como uma forma de pagamento.

Área de produção: O Cordeiro de Barroso IGP cordeiro é produzido nos concelhos de Boticas, Chaves, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Ribeira da Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real.

História: A história do Cordeiro de Barroso IGP está intimamente ligada à criação de cordeiros, um dos sectores mais importantes da criação de gado na região, com o seu clima severo, solo infértil e terreno rochoso. É uma área pouco povoada, onde a criação de ovinos é altamente desenvolvida. As ovelhas são muito importantes para a população rural local que, em tempos, viveu inteiramente dos rendimentos desta actividade e do cultivo de batata e centeio.

Caderno de especificações (pdf)

Área geográfica

Agrupamento de produtores
CoopBarroso — Cooperativa Agrícola do Barroso, C. R. L

Publicação no jornal oficial da EU
Regulamento (CEE) n.º 2081/92 do Conselho - C32 / 11
Regulamento (CE) n.º 148/2007 da Comissão de 15.02.2007

Publicação em DR
Despacho n.º 8767/2021 - 03.09.2021

 

Padrão da Raça Ovina Bordaleira de Entre Douro e Minho: De acordo com o definido no Regulamento do Livro Genealógico, o ovino Bordaleiro de Entre Douro e Minho é um animal com as seguintes características:Bordaleira EDM 2

Aspeto Geral – Animais de tamanho médio, geralmente de cor branca;
Pele, velo e lã – Velo heterogéneo, recobrindo todo o corpo, exceto a cabeça e as extremidades livres dos membros. Velo medianamente fechado e compacto, de madeixas sugosas e cilíndricas, constituídas por fêveras finas, macias e sugosas, com raros e curtos pêlos cabrios. A coloração do velo pode ser branca ou excecionalmente preta;
Cabeça – Perfil reto. Pequena e adelgaçada para o focinho. Em geral, deslanada com uma poupa no frontal. Olhos grandes e salientes. Orelhas curtas e horizontais. Machos com cornos curtos, em espiral incompleta, apertada junto à cabeça (em foice). Fêmeas sem cornos;
Pescoço – Comprido e estreito, proporcionado ao tamanho do animal. Roliço e recoberto de lã em toda a sua superfície. Por vezes uma ligeira barbela principalmente nos machos. Má ligação ao tronco;
Tronco – De reduzidas dimensões transversais. Costelas medianamente arqueadas. Linha dorso-lombar horizontal. Garupa estreita e um pouco descaída;
Úbere – Médio e globoso, com tetos regularmente desenvolvidos e bem implantados;
Membros – Curtos, regularmente aprumados. Sem lã abaixo dos joelhos e dos curvilhões. Nádega pouco musculada;
Peso vivo – adulto: Machos – em média 43 kg; Fêmeas – em média 35 kg.

Fontes:
AMIBA – Associação de Criadores de Bovinos de Raça Barrosã
Ruralbit – Fotografias de Raças Autóctones

Churra Minho 2Padrão da Raça Ovina Churra do Minho: De acordo com o definido no Regulamento do Livro Genealógico, o ovino Churro do Minho é um animal com as seguintes características:

Aspeto Geral – Animais pequenos, geralmente de cor branca;
Pele, velo e lã – Velo heterogéneo, recobrindo todo o corpo, exceto a cabeça e as extremidades livres dos membros. Composto predominantemente por pêlos grossos, compridos, lisos, reunidos em madeixas pontiagudas. A coloração do velo é branca ou raramente preta;
Cabeça – Perfil reto. Pequena e adelgaçada para o focinho. Em geral, deslanada com poupa no frontal. Olhos grandes e salientes. Orelhas curtas e horizontais. Machos com cornos curtos, em espiral incompleta, apertada junto à cabeça (em foice). Fêmeas sem cornos;
Pescoço – Comprido e estreito, proporcionado ao tamanho do animal. Roliço e recoberto de lã em toda a sua superfície. Por vezes uma ligeira barbela. Má ligação ao tronco;
Tronco – De reduzidas dimensões transversais. Costelas pouco arqueadas. Linha dorso-lombar horizontal. Garupa estreita e um pouco descaída;
Úbere – Pequeno mas globoso, com tetos bem implantados;
Membros – Curtos e finos, dando-lhe um aspeto atarracado. Sem lã abaixo dos joelhos e dos curvilhões. Nádega pouco musculada;
Peso vivo – adulto: Machos – em média 30 kg; Fêmeas – em média 22 kg.

Fontes:
AMIBA – Associação de Criadores de Bovinos de Raça Barrosã
Ruralbit – Fotografias de Raças Autóctones