Cabrito das Terras Altas do Minho IGP

Descrição: O Cabrito das Terras Altas do Minho IGP obtém-se a partir das raças Bravia e Serrana e dos seus cruzamentos, originárias das Montanhas do Alto Minho e também do noroeste de Trás-os-Montes.

Método de produção: As necessidades nutricionais destes animais são satisfeitas quase exclusivamente pelo pastoreio em superfícies de vegetação espontânea. Ocasionalmente, nos invernos mais rigorosos, poderão ter um suplemento alimentar à base de feno, palha ou alimentos concentrados. O Cabrito é alimentado apenas com leite materno, duas vezes por dia, durante os primeiros dois meses de vida. É abatido entre o segundo e o quarto mês de vida.

Características particulares: O Cabrito das Terras Altas do Minho IGP está bem adaptado às condições naturais do Alto Minho. O clima desta região, do tipo Atlântico, é bastante húmido (a estação meteorológica de Braga é das que regista maiores precipitações em Portugal Continental), influenciando a vegetação natural local e conferindo características organoléticas particulares à carne destes animais.

Área de produção: O Cabrito das Terras Altas do Minho IGP é produzido em todo o distrito de Viana do Castelo e parte dos distritos de Braga, Vila Real e do Porto.

História: As origens do Cabrito das Terras Altas do Minho IGP podem ser rastreadas até às referências à raça Bravia de cabra que são mencionados por exemplo, no Arquivo Rural de Braga de 1870, então conhecida por raça da Terra ou Comum. Da exploração desses animais aproveitavam-se os cabritos e, sobretudo, os estrumes que eram usados para a fertilização dos campos. O leite, cuja produção era pouco significativa, servia para produzir requeijão na Primavera.
Por outro lado, a origem da raça Serrana é mais difícil de determinar, mas pensa-se que é descendente das cabras selvagens do Quaternário que percorreram a Península Ibérica. A raça Serrana é a mais comum no norte de Portugal, estando individualizados quatro ecotipos, perfeitamente adaptados aos ambientes onde vivem.

Caderno de Especificações (pdf)

Área geográfica

Publicação no jornal oficial da UE
Regulamento (CE) n.º 1107/96 da Comissão de 12 06 1996 - L 148/1

 

Padrão da Raça Caprina Serrana: De acordo com o definido no Regulamento do Livro Genealógico, o caprino Serrano é um animal com as seguintes características:

Aspeto Geral — Estatura mediana, aptidão predominantemente leiteira. É uma cabra de estatura média, com uma altura de 64 cm na cernelha;
Pelagem — Pode ser preta, castanha e ruça, podendo apresentar coloração amarela em algumas regiões, sendo a única raça caprina autóctone de pelos compridos;
Cabeça — Grande, comprida, de perfil subcôncavo, frente ampla e ligeiramente abaulada; face triangular; chanfro largo, retilíneo e com depressão na união com o frontal, focinho fino; boca pequena e lábios finos; orelhas relativamente curtas e horizontais, cornos de secção triangular, rugosos, dirigidos para trás em forma de sabre, com hastes paralelas ou divergentes, ou ligeiramente dirigidas para trás, divergentes ou espiraladas;
Pescoço — Comprido, mal musculado, bordos retilíneos com ou sem brincos;
Tronco — Linha dorso-lombar quase direita ou ligeiramente oblíqua, dorsos e rins descarnados e retilíneos; garupa descaída, cauda curta e arrebitada. Tronco ligeiramente arqueado; abdómen desenvolvido;
Úbere — Bem desenvolvido, globoso, por vezes pendente de fundo de saco; tetos pequenos e cónicos dirigidos para a frente ou levemente para os lados;
Membros — Finos, resistentes, com unhas pequenas e rijas;
Peso vivo — adulto: Machos – 35 a 50 kg; Fêmeas – 25 a 40 kg.

(Ecotipos da Raça Caprina Serrana: Transmontano, Jarmelista, Ribatejano e da Serra)

Caprina Serrana Transmontano rd Caprina Serrana Jarmelista rd Caprina Serrana Ribatejano rd Caprina Serrana Serra rd
Ecotipo Transmontano Ecotipo Jarmelista Ecotipo Ribatejano Ecotipo da Serra

Padrão da Raça Caprina Bravia
Caprina Bravia 1
De acordo com o definido no Regulamento do Livro Genealógico, o caprino Bravio é um animal com as seguintes características:

Aspeto Geral – Conformação delicada e graciosa, elipométricos. 
Pelagem – Pêlo curto nas fêmeas e mais comprido e áspero nos machos; as cores dominantes são o preto e o castanho, apresentando esta última tonalidades mais escuras na cabeça, ventre e extremidades dos membros, ou mais claras no ventre; em alguns animais observam-se malhas de localização variável.
Cabeça – Triangular, seca, com cornos em ambos os sexos - nas cabras finos, eretos ou ligeiramente encurvados para trás (em sabre); nos machos ligeiramente espiralados para fora e para cima; orelhas de tamanho médio, horizontais e dirigidos para a frente.
Pescoço – Comprido, fino e bem ligado.
Caprina Bravia 2Tronco – Pouco desenvolvido, linha dorso-lombar recta, garupa descaída e diâmetros dorso-esternal e bicostal pequeno.
Úbere – Pequeno, bem ligado, com tetos pequenos.
Membros – Curtos, finos, com articulações bem evidentes e unhas resistentes; aprumos adequados para trepar e saltar.
Peso vivo – adulto: Machos – 35 a 50 kg; Fêmeas – 25 a 40 kg.

Fontes:
Sociedade Portuguesa de Ovinotecnia e Caprinotecnia
Ruralbit – Fotografias de Raças Autóctones
ANCABRA – Associação Nacional de Criadores da Cabra Bravia
ANCRAS – Associação Nacional de Caprinicultores da Raça Serrana
Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV)