Morcela de Assar de Portalegre PGI

Descrição: A Morcela de Assar de Portalegre IGP é um enchido fumado, constituído basicamente por gorduras (da cabeça, pescoço, barrigas e toucinho) e sangue de porco da raça alentejana, adicionados de sal, alhos secos pisados, cominhos, pimentão e, por vezes, vinho da região de Portalegre. Como invólucro pode ser utilizada tripa delgada ou tripa grossa, exclusivamente de porco.

Método de produção: As gorduras frescas do porco são migadas finamente, às quais se junta o sangue que de antemão, deve estar colocado em recipiente apropriado e em condições de temperatura que impeçam a sua coagulação. São então adicionados os condimentos e muito bem homogeneizada a mistura. Para facilitar a difusão dos temperos, a mistura é deixada em repouso 12 a 24 horas, em ambientes cuja temperatura não ultrapasse os 10 °C e com humidade próxima dos 80/90%. Procede-se, de seguida, ao seu enchimento em tripa delgada ou grossa de porco. Tem depois lugar a fumagem durante um período máximo de 10 dias, em compartimento adequado (fumeiro), sendo a lenha utilizada exclusivamente a de azinho e/ou sobro.

Características particulares: O sabor característico da Morcela de Assar de Portalegre IGP deve-se em grande parte à utilização de carne e gordura provenientes de porcos de raça Alentejana com uma alimentação rica em bolota.

Área de produção: A Morcela de Assar de Portalegre IGP é feita no distrito de Portalegre.

História: A Morcela de Assar de Portalegre IGP integra um conjunto vasto de salsicharia tradicional da região de Portalegre, cujo aparecimento resulta da existência de uma oferta concentrada de carne de porco numa dada época do ano, conjugada com a existência de um microclima influenciado pela Serra de S. Mamede e com o saber fazer das populações, que conduziu ao aprofundamento das técnicas de transformação e conservação de carne de porco pelos processos tradicionais de salga e secagem.

Caderno de especificações (pdf)

Área geográfica

Agrupamento de produtores
Natur-al-Carnes, Agrupamento de Produtores Pecuários do Norte Alentejo, S. A.

Organismo de controlo e certificação

Publicação no jornal oficial UE
Regulamento (CE) n.º 1875/97 da Comissão de 26 09 1997 - L 265/26
JOCE C24 de 24.1.1997 – publicação do período de oposição

Publicação em DR
Rectificação n.º 2940/2000 – 30.11.2000
Aviso n.º 7820/2000 – 06.05.2000

 

Padrão da Raça Suína AlentejanaPorco Alentejano

Aspeto geral – Corpulência médio-pequena, esqueleto aligeirado, grande rusticidade e temperamento vivo. Machos com testículos bem salientes e medianamente volumosos. Fêmeas com mamilos com número não inferior a 5 de cada lado.
Pele – Preta ardósia, com cerdas raras, finas e de cor preta ou ruiva.
Cabeça – Comprida e fina de ângulo frontonasal pouco acentuado, orelhas pequenas e finas, de forma triangular, dirigidas para a frente e com a ponta ligeiramente lançada para fora.
Pescoço – De comprimento médio e musculado.
Porco AlentejanoTronco – Região dorso-lombar pouco arqueada, garupa comprida e oblíqua, ventre descaído, cauda fina de média inserção e terminada com um tufo de cerdas.
Membros – De comprimento médio, delgados e bem aprumados, terminando por pés pequenos e unha rija.
Variedades: Lampinha; Ervideira; Caldeira; Mamilada

Fontes:
ACEPA – Agrupamento Complementar de Empresas do Porco Alentejano:
ACPA – Associação de Criadores de Porco Alentejano
ANCPA – Associação Nacional dos Criadores de Porco Alentejano