Farinheira de Portalegre IGP

Descrição: A Farinheira de Portalegre IGP é um enchido, curado pelo fumo, constituído por gorduras frescas de porco da raça Alentejana, em quantidade não inferior a 45% de massa total dos ingredientes utilizados e farinha de trigo, adicionadas de sal alhos secos, pimenta e pimentão da horta em massa.

Método de produção: A gordura de porco é finamente picada e misturada com os diferentes condimentos e um pouco de água. A massa resultante é deixada em repouso entre dois a cinco dias, a uma temperatura que não ultrapasse os 10 °C e cerca de 80% a 90% de humidade. Junta-se à massa água a ferver com farinha de trigo, procedendo-se a nova amassadura manual e profunda para homogeneizar a mistura. Por fim procede-se ao enchimento manual das tripas de vaca. Após o enchimento, os enchidos são sujeitos a fumagem durante um mínimo de 3 dias e um máximo de 15 dias. Este último processo é executado em compartimento adequado (fumeiro) sendo a lenha utilizada exclusivamente a de azinho e/ou sobro, bem seca.

Características particulares: O sabor característico da Farinheira de Portalegre IGP deve-se em grande parte à utilização de miudezas e gordura provenientes de porcos de raça Alentejana com uma alimentação rica em bolota.

Área de produção: A Farinheira de Portalegre IGP é feita no distrito de Portalegre.

História: A Farinheira de Portalegre IGP integra um conjunto vasto de salsicharia tradicional da região de Portalegre, cujo aparecimento resulta da existência de uma oferta concentrada de carne de porco numa dada época do ano, conjugada com a existência de um microclima influenciado pela Serra de S. Mamede e com o saber fazer das populações, que conduziu ao aprofundamento das técnicas de transformação e conservação de carne de porco pelos processos tradicionais de salga e secagem.

Caderno de especificações (pdf)

Área geográfica

Agrupamento de produtores
NATUR-AL-CARNES - Agrupamento de Produtores Pecuários do Norte Alentejano, S. A

Organismo de controlo e certificação

Publicação no jornal oficial UE
Regulamento (CE) n.º 1875/97 da Comissão de 26 09 1997 - L 265/26
JOCE C24 de 24.1.1997 – publicação do período de oposição

Publicação em DR
Rectificação n.º 2940/2000 – 30.11.2000
Aviso n.º 7820/2000 – 06.05.2000

 

Padrão da Raça Suína AlentejanaPorco Alentejano

Aspeto geral – Corpulência médio-pequena, esqueleto aligeirado, grande rusticidade e temperamento vivo. Machos com testículos bem salientes e medianamente volumosos. Fêmeas com mamilos com número não inferior a 5 de cada lado.
Pele – Preta ardósia, com cerdas raras, finas e de cor preta ou ruiva.
Cabeça – Comprida e fina de ângulo frontonasal pouco acentuado, orelhas pequenas e finas, de forma triangular, dirigidas para a frente e com a ponta ligeiramente lançada para fora.
Pescoço – De comprimento médio e musculado.
Porco AlentejanoTronco – Região dorso-lombar pouco arqueada, garupa comprida e oblíqua, ventre descaído, cauda fina de média inserção e terminada com um tufo de cerdas.
Membros – De comprimento médio, delgados e bem aprumados, terminando por pés pequenos e unha rija.
Variedades: Lampinha; Ervideira; Caldeira; Mamilada

Fontes:
ACEPA – Agrupamento Complementar de Empresas do Porco Alentejano:
ACPA – Associação de Criadores de Porco Alentejano
ANCPA – Associação Nacional dos Criadores de Porco Alentejano