Queijo de Nisa DOP

Descrição: O queijo de Nisa DOP é obtido a partir de leite cru de ovelha, da raça regional Merina Branca. Trata-se de um queijo curado, de pasta semi-dura e cor branca amarelada.

Método de produção: Inicia-se o processo de fabrico adicionando coalho vegetal (Cynara cardunculus L.) ao leite à temperatura de 25 a 28 ºC, durante 45 a 60 minutos. Após este processo, ocorre o primeiro corte da coalhada, de forma a remover parte do soro. De seguida, transfere-se a coalhada para os cinchos, dando-se a mexedura manualmente e a salga.
Por último, ocorre a maturação, que compreende 2 fases. A primeira tem a duração de 15 a 18 dias e ocorre à temperatura de 8 a 10 ºC, à humidade relativa de 80 a 90%, enquanto que segunda, dura 30 a 40 dias e ocorre à temperatura de 10 a 14 ºC e humidade relativa de 85 a 90%.

Características particulares: O queijo de Nisa DOP é produzido por queijarias locais, famosas em todo o país pela qualidade dos seus queijos, que permanecem artesanais.
Pode apresentar-se no formato de “merendeira”, com diâmetro de 10 a 12 cm e peso de 200 a 400 g. Ou no original, com diâmetro de 13 a 16 cm de diâmetro e peso de 800 a 1300 g.
Possui sabor ligeiramente ácido e aroma intenso.

Área de produção: A área geográfica de produção abrange os concelhos de Nisa, Crato, Castelo de Vide, Marvão, Portalegre, Monforte, Arronches e Alter do Chão, no distrito de Portalegre.

História: O queijo de Nisa DOP é conhecido desde longa data na região do Alentejo, suficiente para ser mencionado por António Maria Horta Camões, em 1901. Tem feito parte do quotidiano do povo de Portalegre há várias gerações, sendo a principal fonte proteica dos habitantes, que tinham, na sua generalidade, um regime alimentar muito pobre.

Caderno de especificações (pdf)

Área geográfica

Agrupamento de produtores
NATUR-al-CARNES - Agrupamento Produtores Pecuários Norte Alentejo

Organismo de controlo e certificação
Agricert - Certificação de Produtos Alimentares, Lda.

Plano de controlo
Plano de controlo (pdf)

Publicação no jornal oficial UE
Reg. (CE) n.º 1107/96 - L148 21.06.1996

Publicação em DR
Aviso n.º 4314/2005, de 21 de abril
Rectificação n.º 2940/2000, de 30 de novembro
Aviso n.º 7820/2000, de 06.05.2000
Despacho n.º 9/94, de 26.01.1994
Decreto Reg. n.º 6/93, de 16.03.1993

 

Padrão da Raça Ovina Merina Branca: De acordo com o definido no Regulamento do Livro Genealógico, o ovino Merino Branco é um animal com as seguintes características:

Aspecto Geral — animal de tamanho médio, eumétrico e mediolíneo, de cor branca;
Pele, velo e lã — pele fina, untuosa e sem pigmentação. Velo muito extenso e tochado, com madeixas cilíndricas ou quadradas. Regularmente homogéneo, recobre a cabeça, todo o pescoço, o ventre, os membros quase até às unhas e os testículos;
Cabeça — De tamanho médio, larga e curta. Perfil craniano sub-convexo. Chanfro reto nas fêmeas, mais ou menos reto convexo nos machos. Boca grande, com lábios grossos. Olhos grandes e expressivos, com arcadas orbitais não muito salientes. Orelhas pequenas e horizontais. Cornos ausentes nas fêmeas, mas frequentes nos machos, enrolados em espiral mais ou menos fechada, rugosos e de secção triangular. Bem revestida de lã, a qual recobre por vezes, parte das faces e do frontal;
Pescoço — Curto e bem revestido de lã. Por vezes, uma pequena barbela. Em geral, sem pregas;
Tronco — De volume mediano. Garrote pouco destacado, seguido duma linha dorsolombar horizontal. Espádua regularmente proporcionada e desenvolvida. Costado medianamente arqueado. Ventre desenvolvido. Dorso e rins de comprimento e largura médios. Garupa curta e ligeiramente descaída. No seu conjunto, o tronco apresenta um todo harmonioso;
Úbere — Largo e bem inserido, com tetos curtos mas bem implantados;
nisa1Membros — Fortes e regularmente aprumados. Curvilhões grossos, tal como as restantes articulações. Revestimento lanar, em geral, abaixo dos joelhos e dos curvilhões;
Peso vivo — adulto: Machos – 75 a 90 kg; Fêmeas – 45 a 60 kg.

Fontes:
ANCORME – Associação Nacional de Criadores de Ovinos de Raça Merina
Sociedade Portuguesa de Ovinotecnia e Caprinotecnia