Descrição: Os pastéis são constituídos por urna massa de farinha e água suficiente para amassar, estendida muito fininha e recheada com um doce feito de feijão, açúcar, ovos e amêndoa. São embrulhados individualmente em papel celofane e colocados em caixas de cartão, contendo 6 bolos. Também se vendem à unidade nas pastelarias. Têm de diâmetro mais ou menos 7 cm.
Região: Lisboa e Vale do Tejo.
Variantes: Pastéis de Feijão de Torres Novas.
Particularidade: Bolos de massa friável, recheados com um doce de feijão branco.
História: Introduzidos em Torres Vedras no início do século, os Pastéis de Feijão têm, contudo, uma origem conventual, como se pode ler no livro A Alimentação na Idade Média: «Muitas das especialidades conventuais, com o decorrer do tempo, tornaram-se património da região onde surgiam, e o encerramento de muitos conventos aquando das perseguições anticlericais, apressou a "passagem de testemunho" destas instituições a fabricantes locais, laicas ou ex-religiosos e a institucionalização das nossas especialidades regionais. As mais célebres, hoje património culinário e cultural do nosso País são entre tantas outras... os Pastéis de Feijão de Torres Vedras.»
Uso: A toda a hora do dia, como gulodice.
Saber Fazer: Para forrar as formas faz-se uma massa muito tenra que se estende muito fina. O feijão, geralmente branco e de boa qualidade, é descascado antes de cozido. Após a cozedura, prepara-se um puré de feijão. Só depois se pesa e rala a amêndoa. Faz-se um xarope com o açúcar, até atingir o ponto ideal. Junta-se o puré de feijão, deixando-o cozer no xarope de açúcar, após o que se junta a amêndoa. Deixa-se arrefecer e, quando frio, deitam-se as gemas, levando ao lume até cozerem. Estende-se a massa muito fininha e forram-se as formas. Deita-se o recheio frio e levam-se a cozer ao forno.
Produção: A Pastelaria Coroa produz cerca de roo dúzias por dia. Esta pastelaria dedica-se ao fabrico exclusivo destes bolos, o que não impede que outras pastelarias também os fabriquem.
Fonte: Produtos Tradicionais Portugueses, Lisboa, DGDR, 2001